Keil e Richardson, dois cientistas do Departamento de Epidemiologia da Universidade da Carolina do Norte, USA, reavaliaram a ligação entre a inalação de arsênio por trabalhadores da mineração contratados entre 1938 e 1955 nos Estados Unidos, e múltiplas causas de morte até o ano de 1990.
Eles estimaram que a eliminação da exposição ao arsênio no ambiente de trabalho poderia ter evitado 22 mortes à idade de 70 anos por cada 1.000 trabalhadores. Dessas 22 mortes, eles estimaram que 7 seriam devidas às doenças do coração, 4 devidas a cânceres do trato respiratório, e 11 devidas a outras causas.
Isso significa que uma mineração que expõs 3 mil funcionários diretos e indiretos ao arsênio pode ter causado a morte de 66 pessoas nos Estados Unidos, onde geralmente os controles são mais rígidos que em outros países.
Os autores do estudo também mostraram que a sobrevivência dos trabalhadores saudáveis pode ter mascarado essas associações em análises feitas anteriormente.
Os resultados enfatizam a necessidade de considerar todas as rotas de exposição ao arsênio nos estudos de avaliação de risco.
Referência:
Keil AP, Richardson DB. 2017. Reassessing the link between airborne arsenic exposure among anaconda copper smelter workers and multiple causes of death using the parametric g-formula. Environ Health Perspect. 125:608-614.
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